I Seminário sobre Tuberculose e Infecções Sexualmente Transmissíveis (HIV/AIDS e Sífilis) no âmbito do Sistema Prisional 19/06/2017 - 17:49
A Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria de Estado de Segurança e Administração Penitenciária, por meio da Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário – ESPEN/DEPEN promovem o I Seminário sobre Tuberculose e Infecções Sexualmente Transmissíveis (HIV/AIDS e Sífilis) no âmbito do Sistema Prisional.
O Seminário realizado nos dias 20 e 21 de junho de 2017, em Curitiba, e contará com a presença de palestrantes que atuam, de forma direta ou indireta, na linha de cuidado das pessoas privadas de liberdade. Dentre o público convidado para participar do evento estão: profissionais de saúde que atuam nos serviços de Tuberculose, HIV/Aids e Hepatites Virais, Atenção Primária, Laboratórios e Referências de Saúde do Sistema Prisional de todas as 22 Regionais de Saúde, municípios, profissionais de Saúde do Sistema Prisional, Agentes Penitenciários, Chefes de Cadeias e Diretores do Sistema Penitenciário do Estado do Paraná.
Esta ação visa discutir as ações para diagnóstico, tratamento e controle da Tuberculose e Infecções Sexualmente Transmissíveis (HIV/AIDS e Sífilis) nas pessoas privadas de liberdade bem como qualificar os profissionais de saúde e segurança no cuidado em saúde das pessoas privadas de liberdade e seus familiares.
A Tuberculose (TB) e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) nas prisões constituem um importante problema de saúde pública. As condições em que se encontram a população privada de liberdade contribuem para que estejam expostos a adquirir doenças infectocontagiosas e/ou crônicas não transmissíveis além de outros agravos.
Os poucos estudos nacionais não revelam a real magnitude dessas condições, mas demonstra uma situação similar a de outros países que apresentam alta carga de TB e IST.
No Paraná, até maio do presente ano, a população privada de liberdade (PPL) é representada por 28 mil detentos, distribuídos em 265 delegacias da Polícia Civil e 34 unidades penais, conforme o relatório da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária Departamento de Execução Penal.
A incidência de TB no estado do Paraná, no ano de 2016, foi de 19,5 casos/100.000 habitantes. Neste mesmo ano, foram notificados 255 casos de TB na PPL no estado, o que corresponde à incidência de 888,4 casos/100.000 habitantes, cerca de 46 vezes maior do que na população em geral.
Dentre estes 255 casos de TB, 17 eram portadores de HIV/aids, o que corresponde a uma taxa de coinfecção TB/HIV de 6,7%. A taxa de coinfecção no estado do Paraná, neste mesmo período, foi de 12,6%.
O percentual de cura da TB, nestes 255 pacientes, foi de 67,2% (131casos), O percentual de cura desta doença, na população geral, neste mesmo período, foi de 78,2%.
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)
As IST constituem um grave problema de saúde pública no mundo, entre elas o HIV, Aids e sífilis. De acordo com recente boletim do UNAIDS sobre a situação do HIV na América Latina, os índices de HIV em prisões no Brasil são elevados. Em uma prisão masculina estudada em São Paulo, quase 6% da população tinha HIV. Entre as mulheres de outro centro penitenciário da capital paulista, o índice era de 14%.
No mundo todo, observa-se que a prevalência de HIV entre pessoas privadas de liberdade é mais alta que entre a população em geral
Nos países onde a maior freqüência de transmissão é por via sexual, o índice de HIV em prisões chega a ser duas vezes maior que na população em liberdade. Já nos países em que o uso de drogas injetável é o meio mais freqüente de infecção por HIV, a prevalência de HIV em prisões chega a ser até 20 vezes maior que na população em liberdade. Em prisões, fatores adicionais de risco podem incluir o compartilhamento de material usado em tatuagens, piercings e lâminas de barbear, além da esterilização inadequada ou reutilização de instrumentos médicos ou odontológicos.
No estado do Paraná a taxa de detecção de HIV na população geral no ano de 2016 foi de 20,8/100.000 hab. e de Aids 10.5/100.000 hab. A Taxa de detecção da Sífilis adquirida foi de 30,9/100.000.
Entre as ações de prevenção que devem ser intensificadas nesta população, o diagnóstico através de testes rápidos que são confirmatórios para o HIV e triagem para sífilis, que podem ser realizados fora do ambiente laboratorial e com resultado em tempo médio de 30 minutos, e que trazem vantagens significativas, possibilitando a assistência imediata e instituição do tratamento.
Diante disso, evidencia-se a necessidade de estratégias de saúde voltadas para a prevenção e diagnóstico precoce de IST tanto no contexto social em que essa população está inserida, quanto nos presídios, tendo em vista, que essa população está temporariamente reclusa, mas posteriormente será inserida na sociedade.
O Seminário realizado nos dias 20 e 21 de junho de 2017, em Curitiba, e contará com a presença de palestrantes que atuam, de forma direta ou indireta, na linha de cuidado das pessoas privadas de liberdade. Dentre o público convidado para participar do evento estão: profissionais de saúde que atuam nos serviços de Tuberculose, HIV/Aids e Hepatites Virais, Atenção Primária, Laboratórios e Referências de Saúde do Sistema Prisional de todas as 22 Regionais de Saúde, municípios, profissionais de Saúde do Sistema Prisional, Agentes Penitenciários, Chefes de Cadeias e Diretores do Sistema Penitenciário do Estado do Paraná.
Esta ação visa discutir as ações para diagnóstico, tratamento e controle da Tuberculose e Infecções Sexualmente Transmissíveis (HIV/AIDS e Sífilis) nas pessoas privadas de liberdade bem como qualificar os profissionais de saúde e segurança no cuidado em saúde das pessoas privadas de liberdade e seus familiares.
A Tuberculose (TB) e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) nas prisões constituem um importante problema de saúde pública. As condições em que se encontram a população privada de liberdade contribuem para que estejam expostos a adquirir doenças infectocontagiosas e/ou crônicas não transmissíveis além de outros agravos.
Os poucos estudos nacionais não revelam a real magnitude dessas condições, mas demonstra uma situação similar a de outros países que apresentam alta carga de TB e IST.
No Paraná, até maio do presente ano, a população privada de liberdade (PPL) é representada por 28 mil detentos, distribuídos em 265 delegacias da Polícia Civil e 34 unidades penais, conforme o relatório da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária Departamento de Execução Penal.
A incidência de TB no estado do Paraná, no ano de 2016, foi de 19,5 casos/100.000 habitantes. Neste mesmo ano, foram notificados 255 casos de TB na PPL no estado, o que corresponde à incidência de 888,4 casos/100.000 habitantes, cerca de 46 vezes maior do que na população em geral.
Dentre estes 255 casos de TB, 17 eram portadores de HIV/aids, o que corresponde a uma taxa de coinfecção TB/HIV de 6,7%. A taxa de coinfecção no estado do Paraná, neste mesmo período, foi de 12,6%.
O percentual de cura da TB, nestes 255 pacientes, foi de 67,2% (131casos), O percentual de cura desta doença, na população geral, neste mesmo período, foi de 78,2%.
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)
As IST constituem um grave problema de saúde pública no mundo, entre elas o HIV, Aids e sífilis. De acordo com recente boletim do UNAIDS sobre a situação do HIV na América Latina, os índices de HIV em prisões no Brasil são elevados. Em uma prisão masculina estudada em São Paulo, quase 6% da população tinha HIV. Entre as mulheres de outro centro penitenciário da capital paulista, o índice era de 14%.
No mundo todo, observa-se que a prevalência de HIV entre pessoas privadas de liberdade é mais alta que entre a população em geral
Nos países onde a maior freqüência de transmissão é por via sexual, o índice de HIV em prisões chega a ser duas vezes maior que na população em liberdade. Já nos países em que o uso de drogas injetável é o meio mais freqüente de infecção por HIV, a prevalência de HIV em prisões chega a ser até 20 vezes maior que na população em liberdade. Em prisões, fatores adicionais de risco podem incluir o compartilhamento de material usado em tatuagens, piercings e lâminas de barbear, além da esterilização inadequada ou reutilização de instrumentos médicos ou odontológicos.
No estado do Paraná a taxa de detecção de HIV na população geral no ano de 2016 foi de 20,8/100.000 hab. e de Aids 10.5/100.000 hab. A Taxa de detecção da Sífilis adquirida foi de 30,9/100.000.
Entre as ações de prevenção que devem ser intensificadas nesta população, o diagnóstico através de testes rápidos que são confirmatórios para o HIV e triagem para sífilis, que podem ser realizados fora do ambiente laboratorial e com resultado em tempo médio de 30 minutos, e que trazem vantagens significativas, possibilitando a assistência imediata e instituição do tratamento.
Diante disso, evidencia-se a necessidade de estratégias de saúde voltadas para a prevenção e diagnóstico precoce de IST tanto no contexto social em que essa população está inserida, quanto nos presídios, tendo em vista, que essa população está temporariamente reclusa, mas posteriormente será inserida na sociedade.